domingo, 22 de julho de 2012

Curar não é só molhar!



O termo “Cura”, quando associado ao concreto, pode ter diferentes interpretações. Diz-se que quando um concreto atinge resistências elevadas em pequenas idades, ele tem uma “cura” rápida. Quando da desforma, é necessário que se obedeça ao tempo mínimo de “cura”. Quando terminada a concretagem, deve-se iniciar a “cura” imediatamente. Aqui, iremos usar a palavra “cura” para tratar dos cuidados referentes à manutenção da umidade do concreto e porque ela é tão relevante para a qualidade da construção.

Sim, “manutenção da umidade” é a melhor forma pela qual consigo me referir a cura. Porque muitas pessoas acreditam que curar uma peça concretada significa molhar após o endurecimento do concreto. Então acreditam que o ato de se aspergir água sobre a superfície é garantia de uma cura bem feita. Mas curar significa mais que isso. Significa manter a umidade original do concreto, até que o concreto não mais precise dela. Significa tomar alguma providencia para que a água não evapore da superfície, até que o concreto:

·         Tenha finalizado completamente os processos de hidratação do cimento;

·         Obtenha resistência suficiente para suportar os esforços de retração por secagem;

A água de dosagem adicionada ao concreto tem dupla finalidade. A primeira delas é servir como catalizador para o processo de endurecimento, já que o cimento portland (estamos tratando de concreto de cimento portland) é um aglomerante hidráulico. A água serve como meio de solução dos Silicatos e Aluminatos de Cálcio presentes no cimento. Também participa como componente das reações que promovem a formação dos cristais que garantem o endurecimento e o ganho de resistência, a partir destes compostos primordiais. Sem a água, essas reações não se completariam e o cimento continuaria a ser um pó inerte. Existe um valor mínimo de quantidade de água, em relação ao peso de cimento presente na mistura, necessário a garantir uma hidratação suficiente, apesar de haverem controvérsias a respeito do numero exato. Mas as experiências bem sucedidas das quais tomei parte não puderam atingir número menor do que 25%. Ou seja, o cimento parece precisar do mínimo de um quarto do seu peso em água para reagir corretamente. E o curioso é que quanto mais água se adiciona além desse mínimo, piores são os resultados dessa hidratação, principalmente porque os cristais maiores, como a portlandita e a etringita passam a ser formar em maior número, em detrimento do C-S-H, que garante a maior parte da resistência do concreto.

Então, porque não adicionar apenas 25% (do peso de cimento) de água? Por causa da segunda função da água, a mais evidente e observável, que é conferir a plasticidade desejada, a fluidez necessária à trabalhabilidade do material. Mesmo quando se usa aditivos químicos poderosos para tentar substitui-la nesse ofício a água ainda cumpre um papel importante no controle da viscosidade e na reologia. Por isso, na esmagadora maioria das vezes a quantidade de água necessária supera em muito o quarto do consumo de cimento. Essa água excedente irá variar, extensamente, com o slump de aplicação, o tipo de aditivo usado, a granulometria dos agregados, o tipo de cimento, o tempo de transporte, etc, etc, etc... Concretos comuns tendem a ter entre 160 e 250 L de água por m3. E toda essa água precisa permanecer dentro do concreto.

Primeiro, falando sobre a hidratação. Se permitirmos que o concreto perca, mesmo que apenas na superfície da peça, a água mínima necessária ao endurecimento correto do cimento, fatalmente teremos problemas. Quem nunca viu um piso de concreto, uma viga ou uma laje apresentarem uma superfície frágil, pulverulenta, desagregada? Uma das causas mais frequentes é a perda de água na primeira camada superficial, antes do fim de pega do cimento, fazendo-a mais frágil que o substrato inferior e, portanto, mais suscetível ao desgaste. Neste ponto, alguém pode pensar: “se uma parte da água se evaporar, mas for mantido pelo menos o a/c 0,25, acima mencionado, provavelmente o concreto ficará com a superfície até mais forte!” Bom isso pode ser até correto, em certa medida, mas aí entramos no segundo tópico: a retração por secagem.

Assim que lançamos o concreto, a água começa, imediatamente, a se evaporar. Ora, essa evaporação leva o concreto a perder matéria, massa, ao mesmo tempo em que a perda de elasticidade inerente ao processo de endurecimento, levam o volume (externo) da peça a se manter constante. Então, o concreto não tem outra escolha, senão abrir espaço para compensar essa perda de massa. Essa abertura se dá na forma de trincas que se originam de tensões internas de retração. Elas se manifestam de duas maneiras:

·         Nos primeiros minutos após o lançamento, antes do fim de pega, a exsudação natural do concreto fornece à superfície um suprimento constante de umidade. Ao mesmo tempo, a evaporação consome essa umidade em uma dada velocidade. Se a velocidade de evaporação for maior que a de exsudação, surgem pequenas e incômodas fissuras superficiais, de pequena espessura, não mais que 1 ou 2 mm, com a aparência da figura abaixo:

  

·         Após o fim de pega, se a maior parte da água se evapora, as tensões são tão altas que surgem fissuras de grande abertura, muito maiores que o milímetro, formando figuras geométricas. Isso porque, nessa altura, o concreto já não oferece quase nenhuma elasticidade. Como abaixo:



Então surge naturalmente a pergunta: Até quando devemos manter a cura? Bom, quanto à hidratação, pouco depois do fim de pega o cimento já não necessita mais de água para manter a sua reação, porque esta já caminha praticamente por conta própria. Então resta a retração. Aí, o próprio ganho de resistência gradual do concreto, que promove as fissuras ao reduzir a elasticidade, também leva o concreto a atingir uma determinada condição onde é capaz de resistir às tensões da retração e não mais fissurar. Então, devemos tomar providencias para que a umidade original não saia da mistura até que o concreto atinja a resistência mecânica mínima para suportar as tensões internas de retração. E essa resistência mecânica, traduzida em resistência à compressão, aparentemente esta em torno de fc 15,0 Mpa. Ou seja, a partir de 15 Megapascal o concreto não fissura mais por retração, aí podemos deixar a água ir embora, sem maiores problemas. Isso inclusive é texto da norma brasileira, no item 10.1 da ABNT NBR 14931 de 2004, que trata sobre a execução de estruturas de concreto armado.

Assim como saber até quando manter a água no concreto, muito importante também é saber quem é o inimigo, ou seja, o que promove a perda de água do concreto, afim de combater todas as causas. E eu dividiria em duas grandes frentes:

·         Absorção pelo substrato. Formas de madeira, solo natural, sub-bases granulares, lajotas cerâmicas de lajes pré-moldadas, podem absorver excessivamente a água do concreto. Medidas como impermeabilização de formas, cobertura do solo com filme plástico, saturação de lajotas, são etapas indispensáveis à concretagem;

·         Evaporação da superfície. Quatro fatores básicos controlam e determinam a evaporação: Temperatura do Ar, Temperatura do Concreto, Umidade Relativa do Ar e Velocidade do Vento. Basta que uma das variáveis assuma um determinado valor crítico que as fissuras fatalmente aparecerão, sem a devida proteção. Segundo o ACI (American Concrete Institute) se a evaporação atingir valor igual ou superior a 1,8 L/m2*h, o concreto irá fissurar.

Resumindo, a cura deve evitar que a água do concreto se perca por absorção ou evaporação a partir do momento de lançamento até a obtenção do fc 15,0 Mpa. Como fazer isso? Diversos são os métodos. Películas químicas, mantas, nebulizadores, lamina de água, inibidores de evaporação... E cada um pode ser mais eficiente que outro, conforme o tipo de peça concretada. É preciso que um plano de cura seja elaborado, para cada empreendimento: cinco ou seis linhas de instruções que são a única diferença entre uma laje perfeita ou um monte de trincas e vazamentos. Simples assim.

54 comentários:

  1. Boas explicações. Parabéns pela iniciativa.

    Anderson.

    Caiomar Ind. de Lajes Pré-moldadas.
    Schroeder -SC.

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    1. Obrigado pela presenca, meu caro Anderson! Desejo a voce muito secesso ai nas lindas terras catarinenses!

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    2. Parabéns meu caro, ainda existem pessoas dignas e sérias,vque detendo o verdadeiro conhecimento, se esperam em dividi-lo com os outros promovendo um bem estar imensurável a outros. Mas a bem da verdade: tudo de bom que plantamos, volta para nós.

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    3. Obrigado! quisera eu poder ter mais conhecimento e mais tempo pra escrever aqui. Mas a vida esta melhorando e logo, logo volto a ser assíduo. Abraços!

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  2. Parabéns, Carlos!

    Você conseguiu explicar algo complexo usando alguns termos técnicos e mesmo assim fez-se entender e ajudou com certeza todos que leram e lerão a explicativa acima.

    Grato,

    Att. Lucas
    N.Iguaçu/RJ

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    1. Prezado Lucas, destas ensolaradas terras fluminenses! fico muito honrado com a tua presença e muito feliz com teu comentário. Espero que se sinta sempre muito bem vindo aqui e prometo dividir tudo aquilo que eu puder. forte abraço!

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    2. Meu amigo, paz a todos nós.
      Ontem batemos uma laje na casa de um amigo e logo que encerramos a concretagem,esperamos uns 20 minutos e lançamos uma lâmina de água sobre o concreto. Sendo que o mesmo estava com caimento e a parte concretada por ultimo é a mais baixa e assim ao empoçar água no cantinho abriu uma fenda entre o concreto e a forma e começou a vazar. Rapidamente tentamos estancar, mas mesmo assim notei que ficou uma nata no chão por onde a água escorreu. Hoje liguei pro amigo e o mesmo disse que na chuva de hoje pela manhã ficou gotejando em alguns pontos.
      Minha dúvida é:
      Vai ficar pingando pra sempre ou é normal e isso vai até. A fase final da cura? O ato de molhar logo ao término foi correto ou errado? E quanto tempo após é o ideal?

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    3. Ei Lucas, perdoe a demora. Provavelmente, você deve ter percebido que o gotejamento persiste. O que, em linhas gerais, não é sinal de preocupação, pode ser apenas a confirmação de que em uma laje, seja qual for, precisa receber um processo de cobertura (impermeabilização ou telhado). Sobre o momento de colocar água, pode ser, sim, logo após a concretagem. Mas é recomendável testar com os dedos se o concreto já iniciou a pega. Quando você pressiona o concreto e não consegue mais enterrar o dedo na superfície. se a cura precisa ser iniciada muito rápido, devido a sol forte, o ideal é começar com a cura química e aguardar o endurecimento até iniciar a cura com água. Mas a uns dias atras tivemos um problema semelhante la na companhia. Choveu torrencialmente sobre uma laje segundos após o termino do sarrafeamento. Observei que, apesar de ter perdido a camada superior de uns 3 a 4 mm, a laje nada sofreu de preocupante. como a água é mais leve que o restante do concreto, fica difícil penetrar por gravidade nas camadas mas profundas.

      Grande abraço!

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    4. Não vazou mais nem quando chove forte. Agora tá uma rocha mesmo. Obrigado, amigo. Aprendo muito com seus comentários.
      Feliz Páscoa.

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    5. Eu tenho sofrido de (HERPES) doença nos últimos 22 meses e tinha dores constantes, especialmente nos joelhos. Durante o primeiro mês, eu tive fé em Deus que eu seria curada algum dia. Esta doença começou a circular por todo o meu corpo e eu tenho recebido tratamento do meu médico, algumas semanas atrás eu vim buscar na internet se eu pudesse obter qualquer informação sobre a prevenção desta doença, na minha busca eu vi um testemunho de alguém que tenha sido curado (Hepatite B e Câncer) por este homem DR ABAKA e ela também deu o endereço de e-mail deste homem e aconselho que devemos entrar em contato ele por qualquer doença que ele seria de ajuda, então eu escrevi para DR ABAKA dizendo a ele sobre o meu (vírus HERPES) ele me disse para não se preocupar que eu ia ser curado !! hmm eu nunca acreditei nisso, bem depois de todos os procedimentos e remédios dados a mim por este homem algumas semanas depois eu comecei a experimentar mudanças em mim enquanto o DR me garantia que eu me curei, depois de 2 semanas eu fui ao meu médico confirmar se finalmente fui curado, eis que era VERDADEIRO, então amigos, meu conselho é que, se você tiver tal doença ou qualquer outra como HSV1,2, HPV1,2,3, CANSER HIV, COLE SORES, DENTE AKEA, ETC, você pode enviar um e-mail para DR ABAKA em Drabakaspelltemple@gmail.com senhor, estou realmente grato pela ajuda que eu sempre recomendo para os meus amigos !!! com o seu endereço de e-mail adorável ou você também pode telefonar / Whats App dele neste número +2349063230051

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  3. obrigado pela explicaçao, me ajudou um pouco mas confesso que tenho algumas outras informaçoes a serem colhidas para a execuçao de um trabalho,. Muito obrigado

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    1. Prezado! Caso voce tenha alguma duvida especifica, mande um email, ou comente por aqui. A gente pode dar um geito de achar as respostas juntos. Forte abraco!

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  4. Boa tarde Carlos Resende ! Estou fazendo um trabalho de faculdade sobre a cura do concreto, e estou tendo uma certa dificuldades de achar o tempo de cura específico de cada tipo de concreto , achei esse artigo em um site ''' A nova norma de "Execução de Estruturas de Concreto" NBR 14931/2003, recomenda que a cura deva se estender por um período até que o concreto atinja resistência de 15,0 MPa. Recomenda-se na prática manter a cura por no mínimo cinco dias'''' essa prática de manter a cura por cinco dias, serve para qualquer tipo de concreto? (convencional, auto-adensável,armado..) Obrigado desde já ;)

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    1. Caro Leonardo, espero ter chegado a tempo para teu trabalho. Esta nota da norma é de grande sabedoria. Se o concreto atingir 15 MPa, isso significa que ja será resistente ao processo de retração devida à evaporação. Quanto ao tempo, isso dependerá muito do traço de concreto. Conforme o fck e a velocidade de ganho de resistência do cimento utilizado, este valor de 15 MPa pode ocorrer antes ou depois de 5 dias. Por exemplo, se form um concreto fck 50 MPa, feito com cimento CPV, é provável que no primeiro dia ja teremos 15 MPa. Mas se for um fck 15 com CPIII 40, talvez seja preciso aguardar duas semanas ou mais. É tudo questão de comunicar bem as expectativas na hora de especificar o concreto.

      Forte abraço!

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  5. Caro Leonardo! Espero que seu trabalho seja um sucesso. Entao, vamos supor que um fck 20, seja feito com um cimento tipo CPIII 40, por exemplo. Este cimento tem ganho de crescimento mais lento, entao pode ser que demore ate duas semanas pra atingir 15 MPa. Se for um fck 30, talvez com uma semana, um pouco mais, ja tenhamos os 15. De outro lado, com CPV, muito mais rapido, o mesmo fck 20 ja poderia estar em 15 MPa com 3, 5 dias, resistente as fissuras. Vai depender do fck e do tipo de cimento, portanto. Eu costumo orientar nossos clientes a manter a cura por 14 dias, independente de qualquer coisa, se isso for possivel. Mas essa regra dos 15 MPa parece funcionar bem, se voce puder controlar a evolucao das resistencias ou preve-la com qualidade. Espero que te ajude. Forte abraco!

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    1. Muito Obrigado ! Ajudou muito ;)

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    2. Obrigado Carlos. Entrei no site somente para saber quantos dias tenho que molhar o cimentado. O site nao disse, mas voce disse. Para um leigo como eu, essa informacao é a mais importante. Obrigado.

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  8. Estou adquirindo um concreto refratário da IBAR. Estou fazendo alguns testes para produzir um suporte para resistência. Já tenho o molde em silicone e o concreto refratário é o BRASILCAST 590 F
    Composição:
    SiO2 ( % ) 7,5
    Al2O3 ( % ) 89,0
    Fe2O3 ( % ) 0,2
    CaO ( % ) 2,1

    Minha pergunta é:
    Quais os cuidados que devo tomar quanto a cura (umidade, temperatura, etc)
    Ele tem ótimas características refratárias, suporta até 1650°C e a resistência física é excelente, para a fabricação de peças refratárias individuais.

    Agradeço desde já o compartilhamento de conhecimento.

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    1. Caro Reinaldo!
      Tive oportunidade de trabalhar um pouco com concreto aluminoso, mas em ready mix, no caminhao betoneira, em pecas fundidas in locu. Canais de carepa, suportes para roletes em laminacao, estruturas de fornos eletricos, coisas assim. Devido aos grandes volumes, evitavamos concretar durante o dia, para prevenir grandes temperaturas com o concreto ainda fresco. A perda de plasticidade costuma ser muito intensa. Existem aditivos especiais para ajudar a manter a trabalhabilidade. Deve-se tomar muito cuidado, tambem, com o ph da agua. Quanto a cura, nao notei dificuldades adicionais, apenas a preocupacao extrema com as horas iniciais, ja que ganha resistencia muito rapido. Forte abraco!

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  9. Boa tarde! Otimo artigo! Estou começando a construir minha casa e tenho uma duvida,ficaria muito grato se obtivesse alguma resposta.enfim,a duvida e a seguinte:Seria possivel eu forrar a parte interna das formas dos pilares e vigas com plastico filme para manter a agua no concreto,e nao ficar colocando muita agua fora?procurei por toda a internet sobre isso e so vi sobre cobrir a lage com lona plastica, mas sobre as vigas e pilares nao,seria uma ideia boa ou nem tanto visto que os pilares ficam cobertos os 4 lados e assim o concreto nao vai "respirar"? Abraços e grato pelo espaço.

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  10. Boa tarde Carlos Resende, parabéns pelo blog, muito boa as informações. Estou fazendo uma calçada a céu aberto em volta de minha casa, onde o solo era argila. Fiz uma camada de concreto ontem e estou mantendo ele molhado para curar e só depois fazer o contrapiso por cima. Preciso manter a hidratação do concreto (cura) por quantos dias para bater o contra-piso? Depois do tempo hidratando o concreto é necessário deixa-lo secar por alguns dias ou pode fazer o contrapiso imediatamente após a cura? A cura do contrapiso deverá ser feita da mesma forma? É necessário fazer uma junta de expanção no contrapiso ( a calçada tem 1 m de largura) ?
    Desde já agradeço,
    Felipe

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    1. Caro Felipe, eu sinto muito por nao ter respondido voce a tempo. A vida deu uma bela de uma guinada e fiquei um longo periodo sem visitar o blog. Espero que voce tenha conseguido a informacao por outros meios. Um forte abraco!

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  11. Olá. Estou fazendo uma edicula no meu quintal. Foi colocada laje protendida e me disseram que repois de duas semanas de cura podem começar a fazer a parte de cima. É um sobrado. Seria um tempo seguro para isso? Duas semanas?

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  12. Olá. Estou fazendo uma edicula no meu quintal. Foi colocada laje protendida e me disseram que repois de duas semanas de cura podem começar a fazer a parte de cima. É um sobrado. Seria um tempo seguro para isso? Duas semanas?

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    1. Cara Monica,

      Sinto muito pela demora. A vida deu uma grande virada, me tornei pai, mudei de trabalho... muitas coisas que me afastaram do blog, que irei retomar em breve. A cura ideal deve ser mantida ate que o concreto atinja 15 MPa de resistencia a compressao. Para um traco fck 20, realizado com a maioria dos cimentos do mercado, 14 dias costuma ser suficiente. Um forte abraco e desculpa o sumisso!

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  13. fiz a concretagem da laje aqui em casa dia 02/04 e apareceu algumas fissuras, desde q acabamos a concretagem vejo molhando com frequencia mantendo a laje sempre com aspecto molhado, mas o problema é q fica gotejando, isso tem como mudar?

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  14. fiz a concretagem da laje aqui em casa dia 02/04 e apareceu algumas fissuras, desde q acabamos a concretagem vejo molhando com frequencia mantendo a laje sempre com aspecto molhado, mas o problema é q fica gotejando, isso tem como mudar?

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    1. Caros amigos, como a concretagem foi recente, é possível sim que o gotejamento diminua, já que as reações do cimento ainda estão se processando com intensidade e velocidade. Acredito que agora, já esteja menos intenso, dada a demora absurda que levei pra responder (vergonha!). Mas, infelizmente, toda e qualquer estrutura de concreto armado têm fissuras e as lajes, principalmente, não são impermeáveis o suficiente para garantir o conforto e durabilidade dos acabamentos. Vocês, necessariamente, precisarão investir em um método de cobertura. Existem várias opções, de um método de impermeabilização provisória até um telhado. Forte abraço!

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  15. Boa tarde.

    Estou fabricando lajes pré-moldadas, pré-fabricadas com cimento CPIII.
    Quanto tempo pode levar a cura das vigas? Pretendo usar somente o método de lamina de água. Posso ter problemas?

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    1. Cara Michela, desculpe a demora. Entao, nos pre-moldados o gargalo de tempo fica por conta da logistica envolvida na producao, desforma, estocagem e entrega. Desta maneira, o importante é encontrar um traço de concreto que se equilibre, do ponto de vista físico-financeiro, à necessidade do teu processo. O CPIII é um cimento lento, que nao te ajuda nisso. Mas, ainda assim, sobra alguma margem de manobra. Infelizmente, a resposta para tua duvida passa por uma equação com muitas variáveis. Onde fica tua fabrica? Posso tentar conseguir uma assessoria técnica exclusiva para teu negocio, via parceria com a companhia onde trabalho. Forte abraço!

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  16. Olá , fizemos uma laje e logo após choveu muito forte em dois momentos do dia somado algo em torno de 22mm de chuvas durante o dia. O cimento utilizado foi usinado de 30FCK. Pesquisei na internet ent de tudo desde que não acontece nada até teoria do caos que vai desabar a laje. Gostaria de saber se o fato compromete a resistência e como posso testar a resistência da laje . Desde já agradeço , Regis

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  17. Olá , fizemos uma laje e logo após choveu muito forte em dois momentos do dia somado algo em torno de 22mm de chuvas durante o dia. O cimento utilizado foi usinado de 30FCK. Pesquisei na internet ent de tudo desde que não acontece nada até teoria do caos que vai desabar a laje. Gostaria de saber se o fato compromete a resistência e como posso testar a resistência da laje . Desde já agradeço , Regis

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    1. Então, Regis, isso já me ocorreu também, uma vez. No final, ficou tudo certo, a chuva não tem força para prejudicar além da camada mais superficial. Mas, por precaução, fiz umas extrações de testemunho. Sugiro que faça o mesmo, apenas para se resguardar. Nunca se sabe! Abraços!

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  18. Olá Carlos!
    Carlos construí um cômodo de 5,0 x 4,9 sem a coluna ou é viga, aquelas que fica no meio do cômodo, se vc me entendeu, gostaria de saber se ao construir em cima corre o risco de futuras rachaduras ou desabamento??
    E nesse cômodo nós resolvemos bater a laje, total da laje 31,45, batemos à laje no dia 4/12,no período da manhã, terminamos da hora do almoço, não molhamos a tarde, e olha que nesse dia esquento bastante, e logo a noite choveu!. No dia seguinte fui molha a laje e percebi algumas rachaduras, ee imediatamente corri pra ver se estava molhado, só percebi um lugar com pingando, mais ao decorrer dos dias o tempo foi mudando pra chuva, e reparei que por dentro o teto está úmido,não chego formar goteiras, hoje faz uma semana que batemos à laje, aí eu te pergunto é normal o teto ter essa umidade, e se não for o que devo fazer????

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  19. Caro amigo. Sobre as fissuras, teu caso é um exemplo interessante de como a retração por secagem atua rápido e gera fissuras no período de horas apenas! Sobre a estabilidade, seja em decorrência do tipo de fissura, ou da maneira que você construiu, infelizmente, não é possível fazer um diagnóstico responsável a distância. Seria necessário uma avaliação presencial, por alguém que entende do assunto. Um forte abraço!

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  20. Prezado Carlos, tenho uma laje exposta ao sol e chuva que foi usado concreto 30MPA, já tem 3 meses que foi feita a concretagem, mas notei que estão aparecendo algumas fissuras de retração na laje e também nas vigas abaixo, como o sol está muito forte você acha que se eu deixar uma lâmina de água nessa laje irá proteger desse sol intenso. Obrigado

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    1. Caro amigo, uma coisa me chamou atenção em teu relato: o fato de aparecerem fissuras com aparência de retração tão tardiamente. Pode ser apenas uma movimentação térmica que tornou as fissuras, antes invisíveis, visíveis. Ou pode ser sintoma de algo mais, seria importante você verificar. Quanto à temperatura, quando você construir o telhado, verá que o próprio ar aprisionado sob as telhas já fornece o isolamento. Ou, se optar por uma impermeabilização, dê preferência às mantas de cura com revestimento isolante.
      Forte abraço!

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  21. Boa tarde, Carlos. Em primeiro lugar, parabéns pelo excelente artigo. Minha dúvida continua sendo em relação ao tempo de cura. Aconteceu o seguinte:

    O pedreiro aqui em casa estava enchendo as colunas, e, depois de 4 horas ele havia lembrado que errou na altura do pilar central. Ao tirar o concreto excedente para normalizar a altura, ele sacudiu bastante esse pilar. Isso pode ter o abalado, visto que foram apenas 4 horas que ele havia sido enchido?

    Além disso, o pedreiro desformou esse pilar 7 horas da manhã do outro dia. Ou seja, o pilar ficou apenas das 5 horas da tarde até 7 horas da manhã com a forma. Isso também poderia tirar a resistência desse pilar? Após a desforma desse pilar, não havia nenhum tipo de rachadura ou trinca nele, muito pelo contrário, o pilar estava visivelmente bonito e em bom estado.

    Estou com essas dúvidas porque quero subir um segundo pavimento acima desse pilar, mas fiquei com receio, pois, com esses problemas, não sei se o pilar ficou fraco. Já existe a laje do primeiro pavimento nesse pilar. Abaixo vou dar algumas informações "técnicas" sobre o pilar:

    Tamanho: 9x30
    Altura: 2,60 m de viga baldrame à viga aérea
    Foram utilizados 6 ferros 3/8.
    Os estribos utilizados foram o de 5.0. Não lembro ao certo se estão de 15 em 15 cm ou 17 em 17 cm.
    Para o concreto foi utilizado a medida 3x1. Não é concreto usinado.

    Já trouxemos dois Engenheiros e houve discrepância entre eles. Um disse que não há problema algum mesmo o pedreiro ter desformado a coluna em 12 horas. Já outro disse que pode ocorrer um problema sim e teríamos que fazer um reforço nesse pilar. Ficamos na dúvida. Agradeço desde já a sua atenção. Forte abraço.

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    1. Observação: Dei uma pesquisada na internet e achei que esse pilar é chamado de "pilar de borda".

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    2. Caro amigo, bom falar contigo. Havia escrito uma resposta antes, mas acho que houve algum problema e ela se perdeu aqui. Em resumo, quando se trata de tempos de desforma, realmente é preciso se preocupar. A posiçao de um calculista ou patologista, neste caso, é muito mais importante que a minha, um tecnologista de concreto. Mas uma coisa posso opinar: para se ter certeza se uma estrutura esta apta ou nao, é preciso fazer testes. É realmente como no caso médico x paciente: as vezes a analise clinica nao é suficiente e exames mais detalhados sao necessarios. Volte a falar com os profissionais que te visitaram. Talvez eles possam te mostrar o que consubstanciou suas respectivas e concorrentes decisoes. A partir daí, você pode propor a um deles que aprofunde a analise. Um forte abraço!

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  22. Prezado Carlos, bom dia. Estou desesperada. Estou trocando o piso do meu quintal e garagem. Ocorre que o pedreiro disse que tinha que refazer o contrapiso, mas não me disse que precisaria esperar tantos dias para assentar o porcelanato. Ele disse só 3 dias. O meu problema é que tenho doiscachorros grandes que tive que levar para um canil e estou pagando muito caro. Se esperar os 3 ou 4 dias que o pedreiro falou vou ter problemas no futuro? Me oriente, por favor!

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  23. Prezado Carlos, bom dia. Estou desesperada. Estou trocando o piso do meu quintal e garagem. Ocorre que o pedreiro disse que tinha que refazer o contrapiso, mas não me disse que precisaria esperar tantos dias para assentar o porcelanato. Ele disse só 3 dias. O meu problema é que tenho doiscachorros grandes que tive que levar para um canil e estou pagando muito caro. Se esperar os 3 ou 4 dias que o pedreiro falou vou ter problemas no futuro? Me oriente, por favor!

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    1. Sinto muito não ter podido ajudar, cara Marlene. ultimamente tenho reduzido muito minha assiduidade no blog. Tempos difíceis. Tua preocupação era genuína, espero que tenha dado tudo certo no fim. É importante aguardar alguns dias, principalmente para resguardar a aderência do porcelanato e mesmo evitar a formação de manchas. Existem algumas medidas profiláticas, mas fica pra próxima. Desculpa de novo e forte abraço!

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  24. Boa noite Carlos Resende, a paz.

    Parabéns pelo belo trabalho e disposição fraternal.

    Sou de Rio das Ostras - RJ e gostaria de sua ajuda quanto ao momento ideal para desforma de pilares 100mmx100mmx4.200mm pre-moldados em forma de aço usando o Cimento cp v (ARI), que é o mais indicado para as desformas rápidas.

    Sendo assim, poderia eu, tomando os cuidados necessários para manter uma boa interface com o clima regional, fazer a desforma com 6:00hs de trabalho!?... E a partir desse momento manter as colunas (destinadas a construção de muros e casas pre-fabricadas) "dormindo" à sombra,sob cobertores umedecidos, irrigando-as por aspersão automática de duas em duas horas durante 5 dias, e, apos esses primeiros cuidados mante-las em estoque por 20 dias ao ar livre até finalize a cura?
    Desde já agradeço a atenção e o carinho percebido em outras respostas.

    "Apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos, pois aquele que prometeu é fiel" Hb 10:23

    Atenciosamente
    Emanuel Pereira = ematec@outlook.com

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    1. Caro Emanuel,

      Parece que você entende muito do negócio, tem o planejamento muito bem estruturado. Desformas precoces assim são perfeitamente possíveis. Você precisa saber com precisão qual a resistência necessária para a movimentação dos pré-moldados, necessariamente com o calculista da estrutura e estabelecer formas de medir esta resistência com precisão. De resto, é só um trabalho de mix design direcionado. O uso do CPV, como você bem pontua, é de fundamental ajuda.

      Forte abraço!

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  25. Boa noite Carlos Resende, a paz.

    fico grato pela atenção e carinho em sua resposta, seguirei o seu conselho e fazer alguns testes de manejo. No mais agradeço a Deus por cuidar de pessoas de coração fraterno como o seu. . . Que o nosso Provedor lhe alcance com muitas bençãos necessárias. Amém?

    Atenciosamente
    Emanuel Pereira
    Rio das Ostras - RJ

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  26. Boa tarde Carlos,

    Ontem foi preenchida a laje com concreto e foi jogado agua conforme instruções, após 1 hora e outra ao final da tarde. Hoje pela manha, tinham algumas fissuras no concreto, possivel ver o formato do isopor (EPS). Ao hidratar novamente ocorrem muitas goteiras na parte de dentro do comodo, isso é normal (rachaduras finas e o gotejamento)? Pode ter algum problema no concreto, aditivo etc? o gotejamento vai parar ou terei que resolver de alguma maneira?

    Grata
    Cybele

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  27. Boa tarde meu amigo gostaria de saber de vc se posso concretar laje em cima de colunas com poucos dias concretadas cimento cp3 ferro 5/16 tabua de 30 sarrafo 15 desde ja obg

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  28. Bom dia.
    Foi feito laje de isopor na minha casa com concreto de usinagem. Após 17 dias choveu e na parte de baixo está uma goteira devido a chuva ainda não retirei as escoras. Minha dúvida é a seguinte é normal ficar pingando na parte de baixo da laje por quanto tempo? Após essa chuva posso retirar as escoras sem medo? Iria retirar as escoras com 21 dias da laje ter sido concluída.

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  29. Oi Carlos, eu estava procurando informações no google porque estou muito preocupada com a laje da minha casa. Assim que o rapaz da concreteira terminou de sarrafiar caiu uma chuva forte d uns 30 minutos. Li num comentario seu acima que mesmo tendo escorrido uma nata de cimento e de uma perda de uns 3 ou 4mm , a laje não perdeu a qualidade, sou leiga no assunto e me deu um alento de que não vou perder o dinheiro investido na obra. A minha laje é fck25 com cimento cpIII. por quanto tempo continuo a molhar a laje?

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