
Durante os últimos dois anos, eu passei
uma significativa parcela do meu tempo perseguindo uma espécie de obsessão. Comprei
um quadro branco, daqueles em que se usa canetas de tinta não permanente e
ficava horas a fio em pé rabiscando e falando sozinho. De repente meu
limitadíssimo campo cognitivo matemático pedia socorro e eu sentava na frente
do laptop abusando da capacidade do Excel em traçar tendências exponenciais e
aproximações por regressão linear. Aí eu jogava no lixo um maço de folhas de
papel randomicamente preenchidas com equações esdrúxulas, olhava no relógio e,
verificando que...